25/04/18

O VERDADEIRO 25 de ABRIL

D. Miguel o Absolutista, ou o Tradicionalista
Em 1834, Portugal passou a último reino a ficar ocupado pelo poderio estranho e alheio (usurpador da Cristandade). Segundos os maléficos planos, tudo teria acontecido antes. O inimigo não contara inicialmente com a estratégia da deslocação da Côrte para o Rio de Janeiro, nem depois com a elevação do filho mais novo de D. João VI a legítimo Rei (apoiado pelos portugueses).

A aclamação popular a D. Miguel aconteceu dia 25 de Abril (se bem que, por prudência, D. Miguel quis assegurar-se de mais medidas antes de subir ao Trono).

Ó facada que lhes foi dada! Nunca mais esqueceram. Do lado oposto a alegria dos "absolutistas", "corcundas", e da população em geral (quantas vezes a população clamou ao ver a D. João VI e a D. Miguel: "rei absoluto, rei absoluto", para indicar que não queria a falsa monárquica liberal, ou constitucional). Eis a alegria de Portugal tradicional, o Portugal de sempre.

Certamente, a aclamação não foi totalmente espontânea, mas não forçada, nem arquitectada como em 1974. Segundo os dados históricos, a aclamação terá sido previamente escolhida, e depois iniciada e deixada correr (porque isso bastaria).

Porque foi escolhido o dia 25 de Abril?

Entre os cristãos, os acontecimentos de importância costumam ser agendados em coincidência com as Festas; eis o dia do Apóstolo Evangelista S. Marcos (25 de Abril). Porque não foi escolhido outro dia? Dia 23 é Festa de S. Jorge, a 1 de Maio é a de S. José, a Festa dos Apóstolos S. Tiago e S. Filipe é a ... Dia 25 de Abril é o aniversário natalício da Rainha mais temida, odiada, e caluniada pela maçonaria, a principal responsável pela subida de D. Miguel ao Trono: D. Carlota, sua mãe.

Mãe e filho, corajosos; ela com o conhecimento e maturidade que a ele faltavam ainda.

Não teríamos D. Miguel sem D. Carlota, nem em vida, nem no Trono; nem teria havido frustração e ranger de dentes nas Lojas maçónicas internacionais, que já esfregavam as mãos depois de terem conseguido assassinar D. João VI.

Eis o último pedaço da Cristandade que estava ainda por tomar em definitivo, invadida e usurpada depois pelo "Demonão" [D. Pedro], atrelado aos empréstimos de Mendizabal e Rothschild. Em 1834 Portugal tradicional submerge assim, e junta-se à restante Cristandade no porão.

Depois de 1834 só sobrava a Igreja; o inimigo tratou de centrar-se nela, e preparar-lhe também ocupação futura.

Caros leitores, eis que fazemos um salto neste artigo... e sem mais:

D. António de Castro Mayer, Bispo de Campos (Brasil), que se negava a abdicar de qualquer parte da Fé católica, partiu a 25 de Abril. Foi este um sofrido resistente ao contra-catolicismo que se pretende impor na Igreja, já não de fora, mas de dentro da própria Igreja.


Em Portugal, em 1974, a vitória política maçónica/comunista (enfim... socialista), com a "revolução dos cravos"... (teatro para fazer acreditar que aclamámos a república maçónica, e desejávamos o fim  daquele extraordinário regime que nos mantinha quase que a salvo dela) foi programada para o 25 de Abril... Não há coisa no mundo mais festejada populisticamente pelos serviçais e carreiristas da república-em-Portugal, e mais honestamente alheia à população portuguesa e a Portugal.

É coisa velha substituirmos as festas pagãs e vergonhosas pelas Festas santas e de verdadeira honra. Mas, nunca se viu barbaridade tão engraxada como a destes tempos, em que as Festas e memoriais verdadeiros são ofendidos pela imposição que nos fazem de prestarmos culto aos memoriais da desonra, da mentira, e contra Portugal. Quem ergue em nosso solo estátuas a ladrões, a criminosos libertários, a regicidas, não é estrangeiro nem português... tem que ser conhecido como anti-português.

Nós continuaremos a comemorar o verdadeiro 25 de Abril, em que os portugueses manifestaram-se em verdade e honestidade pela nossa monarquia (visível até 1834), e que é a única nossa verdadeiramente, e contra a corja pedreiral, e contra a "monarquia" constitucional, e pela nossa tradição elevadíssima nos princípios cristãos.

Comemoremos o 25 de Abril verdadeiro, e não queiramos imitações infantis e manhosas (que têm por fim apagar-nos a memória de quem somos, e de quem são os alheios e estranhos que nos desgovernam. 

4 comentários:

anónimo disse...

Nota: depois desta aclamação, por prudência, D. Miguel em vez de tomar o Trono, tratou primeiro de assegurar-se que todos os meios ao seu alcance para evitar intentos argumentativos contra a sua legitimidade; depois sim.

Anónimo disse...

Caros Senhores,
qual o motivo de colocarem o absolutismo e o tradicionalismo no mesmo saco?
Agradecido.
L.Santos

anónimo disse...

Caro L. Santos,

obrigado por comentar.

em traços gerais entendemos por "tradicionalismo" a postura que tem por pressuposta a tradição (o tradicionalismo não se caracteriza por aquilo que faça, diga, ou escreva qualquer pessoa ou grupo que se queira identificar com tal nome). Como exemplo: o católico é tradicionalista, porque o critério da Tradição não é facultativo. Assim, podemos dizer Portugal, ou melhor, a cultura portuguesa verdadeira é necessariamente tradicional. Também com a afronta liberal, e estando a opinião dos católicos dividida em boa parte das terras cristãs, apareceram iniciativas várias, nem sempre coincidentes, que quiseram distinguir como "tradicionalistas" face à problemática da cultura "cristã-liberal" (estes grupos e iniciativas em nada podem definir ou representar o tradicionalismo, e a sua produção e opinião continuará sempre a ser, ou não ser, ou ser mais, ou menos tradicionalista em referência à tradição).

Em traços gerais, "absolutismo" é uma adjectivação hiperbolizada, que tem por fim a indisposição contra a tradicional monarquia, mais especificamente ao facto de assentar no "poder de um", ou seja, com o caracter absoluto do poder régio. O conceito-palavra apareceu na América do Norte, em grupos iluminista ligados a Benjamin Franklin, e entrou nos meios secretistas da França e Inglaterra, tudo pela mesma altura [não temos ainda conhecimento de quem - embora a difusão da palavra siga o mesmo percurso do próprio Benjamin Franklin - ou quais os meios de difusão desta adjectivação lamentável]. Estas conclusões são dadas pelas investigações mais recentes, e fontes da época. Os maiores opositores destas investigações e da chamada de atenção que fazemos são os movimentos tradicionalistas de influência espanhola (porque coloca em claro alguns equívocos na sua formação inicial, e o possível motivo pelo qual a o conceito-palavra "absolutismo" entrou, e se fez tanta questão de lhe dar a mesma carga e desprezo que a própria maçonaria).

Em Portugal praticamente todos queriam conservar a tradição (não queriam alterar a monarquia, nem queriam a constituição, defendiam a permanência dos valores cristãos e costumes dos nossos antigos). Era o Portugal de sempre a tentar repudiar as mudanças e novidades que maçons e liberais tentavam impor. De todos os portugueses, aqueles que mais se destacaram com os tradicionais propósitos foram chamados de "absolutistas" pelo inimigo liberal e maçom. Não houve uma corporação chamada "absolutistas", ou "tradicionalistas"; estas eram designações para identificar quem se opunha à proposta liberal de uma falsa monarquia. Da boca dos liberais e maçons os valerosos portugueses aceitaram ser chamados de "corcundas" (alusão ao pensamento dos antigos), "frades" (os iluministas espelharam por toda a Europa teses contra a vida religiosa e os conventos; chamaram de "frades" aos que se colocaram na posição contrária), "absolutistas" (por motivo de se não querer uma monarquia fantasiada, construção de gabinete, aparente, ou seja, que não fosse a mesma que sempre tinha havido em Portugal). Mas, "tradicionalistas" não era palavrão que os liberais e maçons quisessem usar... e aqui houve muitos dos bons que assim pretenderam ser chamados, mas sem merecerem heroica fatiga nas outras designações.

Por fim, e apenas para não me prolongar mais, o "tradicionalismo espanhol" não coincide com a nossa herança portuguesa... contudo, a nossa mostra-nos onde a deles erra. As confusões que tem havido mais recentemente, deve-se a que um grupo de amigos portugueses, para fazer uma associação política aceitaram ser guiados pela cartilha do Carlismo... GRANDE ERRO.

anónimo disse...

errata: não é "pressuposta a tradição", mas sim "pressuposto a tradição"

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