09/07/17

"PADRE SUMMORUM PONTIFICUM" ?

 
Faz tempo significativo que temos acompanhado um dos casos aos quais não sabemos dar nome; porque ainda ninguém parece ter-se atrevido a dá-lo. Que nome dar aos Padres que seguem exclusivamente a Missa tradicional (como os restantes sacramentos), e doutrina tradicional selecionada (removendo-lhe o que fere a obrigatoriedade pós-conciliar)? Porque a pedra fundamental invocada por estes foi o Summorum Pontificum, e porque não podem ser considerados tradicionalistas, chamemos-lhes "padres summorum pontificum" [quem tiver melhor nome, diga].
 
Qual o motivo de nunca ninguém se ter lembrado de dar nome a estes casos, ou se há nome para eles não é conhecido por nós sequer? Porque estes poucos casos, crescentes, não são estimados: envergonham a uns, e são apenas tolerados pelas autoridades, que se servem deles para satisfazer aquilo que consideram ser uma das "modalidades católicas" agora em moda.
 
Caros leitores, existem hoje estes padres summorum pontificum, e trazemos hoje o caso de um deles, do qual não queremos dar nome nem lugar (há terceiros em causa). É muito provável que deste caso façamos mais artigos a este complementares, os publiquemos aqui, se não forem antes em algum do nosso ciclo de blogs amigos.
 
Este Senhor Padre summorum pontificum costuma apenas dos usos sacramentais antigos, funciona em templo grande e destinado pela paróquia, tudo em total sintonia com o Bispo Ordinário do lugar. Portanto, quem na paróquia quer participar na missa segundo Missal de Paulo VI vai a um lado, e quem quer assistir à Missa segundo o Missal de João XXIII vai a outra (e quem quer ir às duas, esteja à vontade).
 
Segue ele o Concílio Vaticano II? Não propriamente (quem é que o segue realmente!?), mas segue as directivas incontornáveis do "magistério pós conciliar". Além de incluir o Catecismo de S. Pio X nos vários livros recomendados, e livros escritos por santos, outros há que estão em linha incompactível (não tão pronunciadamente que a maioria dos fiéis saiba distinguir).
 
"Se houver por aí exagerados [tradicionalistas] de mentalidade antiquada pode acontecer que fiquemos todos sem sacramentos, sem esta missa. É isso que querem?". Existe este aquele tipo de jogo injusto contra os raros fiéis que se dão conta dos erros e comentam algo: ficam colocados sob o olhar da restante comunidade que lhe diz "calai-vos, ou ficamos sem missa por culpa dos vosso exageros". A preocupação e tentativa de abordagem de um problema real e maior, como se vê, acaba por ficar mascarado de problema subjectivo incómodo à comunidade (é esta corporação no mal e na mentira ainda mais grave pela circunstância, e que entra na marcha de fazer dos Meios ordinários da graça os fins). Os sermões de considerações vagas e veladas contra os fiéis mais lúcidos (os "ameaçadores") acaba por acender na alma dos restantes fiéis gradual inquietação e incógnita, que, mais tarde ou mais cedo, acabarão por equivocadamente encontrar pouso naqueles fiéis alvo.

O próprio manifestou em sermões que aquela comunidade não é tradicionalista, que trata-se de um movimento de pastoral diferente, porque todos na Igreja somos diferentes, e que por isto mesmo há movimentos diferentes na Igreja. Este Padre summorum pontificum quer agradar à autoridade, porque depende disto para viver (provavelmente não quereria ou conseguiria voltar à nova Missa), e não admira que agora mais recentemente tenha até negado o nome "tradicionalista".
 
Pelo que temos acompanhado durante aproximadamente 2 anos, o percurso desta história sempre a descer, mas sempre a subir quanto ao número de fiéis.
 
Este fenómeno não é em Portugal; não há em nossa escrita coisa alguma irreal neste caso e que não tivesse sido moderada previamente. O que aqui está é um resumo, e contamos fazer mais artigos a este respeito.

Eis um assunto que nos diz a todos, e urge também reflexão pessoal ao respeito.

Aguardemos mais notícias.

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